quarta-feira, 21 de abril de 2010

Apresento a vocês: Jargões

Foto do arquivo A Próxima é Minha
Banda Jargões se apresentando na 4ª edição do A Próxima é Minha


Mário Igor Sul é estudante de Comunicação Social pela UFT e baterista da banda Jargões, e em uma entrevista, que mais pareceu uma conversa curiosa, ao Canal A Próxima é Minha ele nos apresentou um pouco mais sobre a banda.

Mas antes de entregar todo o ouro, gostaria de apresentar o release da Jargões que nos foi enviado pelo próprio Mário.

“Release banda Jargões

Segundo o dicionário da língua portuguesa Jargão significa linguagem incompreensível, característica de um grupo profissional ou sociocultural. Mas dentro da proposta musical do terceto originário desta palavra, o sentido toma proporções maiores.
Durante o ano de 2006 existiam algumas bandas dentro do cenário musical independente na capital do Tocantins. O movimento estava engatinhando. Conseqüentemente não havia maturidade musical, muito menos variedade de correntes artísticas. Com isso alguns jovens, entusiasmados com o início de seus estudos musicais, foram instigados a montar bandas que arriscassem além do que já se fazia. A banda Jargões é Guido Filho (guitarra e voz), Mário Igor (bateria) e Rafael Morais (baixo). Um trio de garotos que queriam tocar suas próprias músicas, influenciados pelo progressivo do Rush e o sonho dos Beatles, pela fantasia dos Mutantes e a década de 80 do rock nacional.”


Ina:
Mário, vamos “começar do começo”. Conte pra todos como foi o início de tudo.
Mário Igor: Eu e Guido estudávamos música no centro de criatividade Espaço Cultural. O Guido já tocava e eu estava começando.
As bandas modinhas que sempre apareciam nos festivais, não nos agradavam, daí resolvemos montar uma banda que trouxesse algo novo, diferente e criativo. O Guido tinha as composições dele, faltava então fazer os arranjos, mas ainda não tínhamos idéia alguma de como tudo seria.
Os arranjos começaram a ser feitos com a inspiração no progressivo, coisa que não tinha aqui. As músicas eram bem grandes e nunca voltava pro refrão. Tava rock e de repente virava pro samba.
Faltava algo, ainda não tínhamos o baixo, daí apareceu o Rafael. Ele morava perto da gente, tocava violão e aí convidamos pra tocar baixo na banda. Ele topou e formamos a Jargões.

Ina: E esse nome, Jargões, você contou o significado segundo o aurélio, mas e essas proporções maiores que você cita no release, o que seriam?
Mário Igor:
A primeira vez que ouvi a palavra já gostei de cara. Estava procurando nomes pra banda e ele encaixou. Significa “linguagem antiquada”, aquela que não se usa. E como somos inspirados nas bandas das antigas e queríamos tocar músicas assim, com raízes antiquadas, deu certo.

Ina: A Jargões ficou um tempo parada. O que aconteceu?
Mário Igor:Bom, a banda começou no final de 2006. Com um ano deu problema entre a gente e o Rafael saiu. Aí começou a busca por baixista. Chegamos a tentar com três, mas n deu certo porque ou não tinham o mesmo ritmo ou a idéia não era a mesma. Pra tocar o que tocamos tem que ter conhecimento teórico e básico, tava difícil.
Ficamos até 2010 sem nada e voltamos agora com a formação original porque nos reconciliáramos.

Ina: Ficar esse tempo sem tocar com a Jargões deve ter dado uma saudadezinha, né? Confessa.
Mário Igor: Claro. Um dia Guido e eu fomos ensaiar no estúdio que ensaiamos com o Engenho Novo, outra banda que temos, e começamos a tocar as músicas da Jargões e deu vontade de voltar. Conversei com Rafael, nos entendemos e voltamos.

Ina: Que bom que voltaram com a formação original, já que vocês começaram com uma idéia já formada. Voltar com uma formação nova seria meio complicado mesmo. Acho que isso dá até um gás, uma empolgação maior, certo?
Mário Igor: Aham, estamos empolgados, criando músicas novas. Mas pra gente a Jargões não é ofício, levamos a sério e queremos tocar bem, mas é tudo pra divertir e gravar quando puder. Mais pelo prazer e não pela obrigação.
Pra você ter uma idéia, tocamos quando somos convidados, raramente vamos atrás.

Ina: A gente nota que vocês se baseiam muito no rock progressivo, das antigonas. Me conta os nomes dessas inspirações musicais.
Mário Igor: É, o que predomina é o Rock das antigas, anos 70. Bom, as bandas que inspira mais a gente é Rush, Yes e Beatles.
Admiramos o progressivo, é um som arriscado, mas também escutamos a música nacional. Sabemos dar valor a sua importância.
O bom é que o estilo da gente é igual, gostamos muito da música brasileira, daí pegamos o samba e a bossa nova e juntamos tudo com o rock progressivo, fazendo surgir a nossa característica.



Ina: Mas me conta uma coisa Mário, e as dificuldades enfrentadas pela banda? Vocês correm atrás de incentivos? Como lidam com isso?
Mário Igor: Ainda na temos essa visão. Todos têm muitas outras atividades, e também fazemos parte de outra banda que já tem esse objetivo. Claro que queremos gravar e tocar em outros festivais, mas é em longo prazo. A Jargões tem uma idéia de caminhada proporcional, nada as pressas.

Ina: Conta pra gente como está a participação da banda em eventos e festivais.
Mário Igor: Depois da nossa volta o primeiro festival que a Jargões se apresentou foi na A Próxima é Minha, era a segunda edição do evento. Gostamos da idéia e nos inscrevemos. Daí tocamos duas vezes e depois participamos da seletiva do 7 Tendencies Rock Festival.

Ina: Então a participação de vocês está garantida no A Próxima é Minha?
Mário Igor: Sempre que possível iremos tocar no A Próxima é Minha. A Jargões é alternativa, tem esse objetivo. O único compromisso é tocar bem e fazer um som massa pra agradar a todos. Tem muita gente que gosta. É muito bom ver que quando começamos a arrumar o palco pra tocar o pessoal já vai se aproximando e ficam jogando elogios.

Ina: Obrigada Mário!
Mário Igor: Ah... Que isso!

A banda Jargões é composta por Mário Igor Vieira Sul, bateria, Guido Filho, vocal e guitarra e Rafael Moraes, baixo.
Você confere a música desses meninos na 5ª edição do A Próxima é Minha que começa domingo, 25 de abril, no Espaço Cultural a partir das 16 horas.

Te vejo lá!
Inaê Lara Ribeiro

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