Nascida em 2005, a banda de rock Essência de Horácio é formada por quatro amigos que sempre gostaram de música. A partir disso, em uma forma de se divertirem, criam uma banda para tocar as canções dos seus artistas preferidos. Com o passar do tempo, e o amadurecimento pessoal dos seus componentes, decidem escrever suas próprias letras e criar suas melodias, sempre influenciados por seus conceitos de mundo. Hoje, com sua formação mais consistente, a banda acredita que somente através da música eles poderão incitar as pessoas a se mobilizarem com o modo atual da deficiente sociedade. A formação atual conta com Felipe Kanichi no vocal, Léo Ribeiro na guitarra, Mario Hitoshi no contra-baixo e Renato Rezendo na bateria.
Abaixo, entrevista exclusiva pro nosso canal A próxima é minha com o vocalista Felipe Kanichi:
Andy: - No início vocês costumavam tocar e cantar cover de bandas que gostavam, que bandas foram essas? Como definem seu estilo musical?
Felipe: - A banda Essência de Horácio, quando tocou cover, sempre tocou aquilo que gostava de verdade, aquilo que a gente escutava enquanto estava trabalhando, no ônibus ou no dia-a-dia. Assim, já tocamos Pearl Jam, Nirvana, Creedence, Legião Urbana, Cazuza, Queens of the Stone Age, Ramones, Steppenwolf, Red Hot Chilli Pepers, entre outras.
Em relação à segunda pergunta, parece piegas pra caralho dizer que a gente não se enquadra em um estilo definido, mas essa é resposta mais verdadeira pra esta pergunta. Podemos dizer, com certeza, que somos uma banda de rock, que toca do jeito que se sente, do jeito que a gente acha a música melhor.
Andy: - O nome Essência de Horácio é muito curioso. De onde ele surgiu?
Felipe: - O nome da banda é uma homenagem a uma pessoa esquecida por Palmas e pelo tempo. Horácio foi, talvez, o primeiro professor de música de Palmas. Durante o tempo que convivemos com ele, a gente pode presenciar uma vida muito sofrida, sob a perspectiva financeira, artística e de sua saúde. Apesar disso, Horácio sempre aparentava sorrir e confiar que as coisas iam dar certo em sua vida. Dessa forma, a banda quer captar um pouco de sua essência, homenageá-lo e distribui-la para este mundo, que parece tão vazio, fútil e errado, para continuar tendo fé de que as coisas possam melhorar.
Andy: - Vocês citam que usam a música como protesto na intenção de mobilizar em prol de uma causa. Pra vocês, qual o poder da música para a mobilização social? Como vocês fazem isso na música de vocês?
Felipe: - Nos parece que a música faz parte da natureza humana, sendo uma das suas inúmeras e geniais formas de expressão. Dessa maneira, tendo em vista que dentro de nós existem vários sentimentos que precisamos expressar, fazemos isso através de músicas, que a gente canta com a maior sinceridade possível. Assim, a gente espera que nossas músicas também sirvam pra expressar sentimentos de outras pessoas. Dessa forma, enquanto uma música como "Meninos feios" expressa um sentimento de preconceito sofrido, de uma humilhação por qual alguém possa ter passado, podendo gerar uma identificação mais individual, uma música como "Qual é o seu preço", criada para prostestar contra a situação na qual está o país, pode gerar uma identificação em um maior número de pessoas.
De forma simples, a gente acredita que, se as pessoas sentirem o que a gente sente, (e a gente torce pra que sintam, porque o mundo parece perdido), elas vão entender o que a gente canta.
Andy: - Qual a importância de festivais como o A próxima é minha para a cidade?
Felipe: - Festivais com o o citado são importantes porque dão espaço para todos os tipos de banda tocar, possibilitando a "democracia musical". Devemos destacar que não se trata apenas de um espaço musical, mas um espaço no qual a cultura é incentivada. Em resumo, qualquer lugar que possibilite às pessoas compartilharem suas vidas nos parece um lugar em que se cria felicidade.
Andy: - Faça um convite ao pessoal para domingo.
Felipe: - Cidadãos palmenses e romanos! A vida, o mundo e o universo parece ser feito para dar errado! Então assumam a responsabilidade de suas vidas e venham dividi-las com nós neste festival que é feito para vocês - e para nós, é claro - onde qualquer manifestação cultural é bem vinda! Venham escutar músicas, tocar músicas, desenhar e contar piadas! Vai ter metal, punk, rock, samba, rockabilly e tuuuuuudo que q a gente conseguir inventar na hora!
Pra finalizar, agradeço ao Felipe por ter sido tão gentil em conceder a entrevista assim tão em cima da hora.
E é isso aí, cada vez mais tá chegando a hora. Essência de Horácio e muito mais no domingo, a partir das 15h, no Espaço Cultural.
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